"Tem uma galerinha aí que com este frio está passando aperto com carros flex logo pela manhã. Na 5ª meu pai socorreu uma senhora e hoje foi a minha vez de socorrer uma vizinha. Ambos os “resgates” foram frustrados já que diferentes dos carros a álcool lá dos primórdios, não é possível injetar gasolina manualmente. Além disso, nos dois casos as pessoas queriam dar tranco no carro, o que não vinha ao caso já que o problema não era gerar a faísca.
As duas situações me deixaram intrigados. Tamanha a tecnologia embarcada nos carros, mesmo nos mais simples e as montadoras não conseguem uma forma de resolver um problema aparentemente tão simples. Em um dos casos havia o agravante que a pessoa se descuidou e o reservatório de gasolina estava vazio. Neste caso não há engenheiro que faça milagre. Mas no outro não tinha nada aparente que justificasse tal dificuldade. Curioso que sou, fui pesquisar e as dicas que achei são as mesmas que vínhamos usando na moto há algum tempo.
Normalmente as pessoas saem do serviço, param no posto mais próximo à sua casa, abastecem, andam mais 2 ou 3 minutos e guardam o carro. Acontece que, principalmente na mudança de combustível, o veículo demora um tempo para identificar a nova mistura ou o novo combustível e gravar essa informação que será utilizada na próxima partida. Então a primeira dica é que após o abastecimento o carro rode ou ao menos funcione por pelo menos 15 minutos. Uma forma simples pra isso é abastecer mais próximo do serviço.
Outro problema é que a combustão do álcool ocorre em 25ºC e testes em um Fox, por exemplo, mostraram que a partida a frio só entra em funcionamento abaixo dos 17ºC. Sendo assim, teoricamente, entre 19ºC e 23º C o motor acaba ficando sem esse importante auxilio. Então a segunda dica vem lá dos tempos das vacas magras: o famoso rabo de galo. Uma proporção indicada 60% de álcool para 40% de gasolina. E não se esqueça que gasolina sem uso no reservatório deteriora. Por isso opte na reposição por gasolina aditivada que resistem por até cinco meses.
Kauê Campos Bitar Silva"
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